Andrea de Souza Batista

Título: POLÍTICAS PÚBLICAS DE EJA NO MUNICÍPIO DE SERRA: (IM)POSSIBILIDADES E DESAFIOS DO PROEJA-FIC

Orientadora: Edna Castro de Oliveira
 
Resumo: Este estudo busca abordar qual o percurso e as práticas de gestão assumidas pelo município da Serra ma implementação do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - Formação Inicial e Continuada - PROEJA-FIC. De um modo geral buscamos explicitar os caminhos pelos quais se deram o processo de implantação do programa, conduzindo-nos a partir das seguintes questões orientadoras: quais são as lógicas sociais e políticas que estão subjacentes, no que concerne à articulação da escolarização com o mundo do trabalho mediada pela adesão do PROEJA-FIC no município da Serra? Se o município nem mesmo havia avançado, no momento em fez a adesão ao programa, na constituição de uma política que considerasse a EJA como uma modalidade de ensino, o que mobilizou os gestores a tal adesão? Para subsidiar esse objetivo delineamos caminhos que nos permitisse identificar os princípios que permearam a adesão ao programa e trazer elementos que nos possibilitasse problematizar as dificuldades, os impasses e até mesmo os avanços que emergiram nesse percurso de implementação. Buscamos um referencial teórico que nos orientasse no campo dos estudos da EJA e da educação e trabalho, nesse sentido fundamento a nossa pesquisa os estudos de Paiva (2004; 2007), Oliveira (2004; 2011), Fávero (2004; 2009), Frigotto (1989; 2002), Kuenzer (1986; 1992; 2000), Beisiegel (1974), Marx (1978) dentre outros. A metodologia utilizada foi o estudo de caso, que teve como sujeitos de alunos do PROEJA-FIC, gestores das instituições parceiras e da uma escola municipal. Quanto aos instrumentos metodológicos, utilizamos a entrevista semiestruturada e a análise documental. Os resultados mostraram mostram, que a implementação do PROEJA-FIC no município não levou em consideração a efetiva instituição da integração da EJA com a Educação Profissional. Essa possibilidade é desconstruída a medida que nem o município, nem o IFES assumem os princípios que fundamentam a constituição do Programa. Quando não assume efetivamente os compromissos de garantir sua participação na elaboração do Projeto Pedagógico do PROEJA-FIC e de fomentar espaço e condições para a formação continuada, o município já abre caminhos para a não efetivação da proposta em sua totalidade.Há que se considerar, no entanto, que o PROEJA se constitui numa importante ação governamental para a EJA. Faz-se necessário apenas que esta política seja assumida em sua integralidade e que as instituições proponentes sejam capazes de formar uma rede mais eficiente de interlocução qualificada que fosse reconhecida também, em uma agenda política de oferta da EJA articulada à educação Profissional.
 
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